08 novembro, 2013
Oi pessoal!
Não é novidade que o azeite de oliva é um dos óleos mais saudáveis, que traz inúmeros benefícios à saúde,
e até mesmo em tratamentos estéticos para pele e cabelos. (as umectações capilares que o digam!)
Devido à grande quantidade de gordura monoinsaturada contida no azeite de oliva, o seu consumo regular contribui para a redução da quantidade de LDL (mau colesterol) do organismo, reduzindo a formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos sanguíneos, e o risco de infarto ou AVC.
E por ser rico em polifenóis, o azeite de oliva reduz a formação de radicais livres (extremamente nocivos à saúde pois são os responsáveis pelo envelhecimento e doenças degenerativas), e previne as oxidações biológicas.
O azeite de oliva extra virgem, pode suportar temperaturas muito elevadas, o que faz dele um dos mais saudáveis para uso culinário (frituras, etc).
O ponto de fumaça do azeite extra virgem é 210ºC.
( ponto de fumaça é a temperatura na qual o óleo começa a queimar e decompor gorduras nos seus componentes principais, formando os compostos tóxicos).
Hoje, a maior parte do cultivo comercial de azeite, é centrado na região do Mediterrâneo, em países como a Espanha (36% da produção total), Itália (25%) e Grécia (18%). Estes países, juntamente com os restantes países europeus, também consomem cerca de dois terços de todo o óleo de oliva, que é produzido.
Outras regiões do mundo estão aumentando rapidamente o consumo e produção de azeite, como a América do Sul (especialmente Chile) e Austrália.
Estudos comprovam que os povos das regiões do mediterrâneo tem baixo nível de infarto e câncer, por estes serem os maiores consumidores do azeite de oliva e verduras.
Por ser saboroso, saudável, rentável, e de fácil adulteração, o azeite de oliva acaba atraindo a "máfia" das grandes indústrias.
A forma mais comum de adulteração é a mistura de azeite de oliva extra virgem com óleos mais baratos,
de qualidade inferior, podendo esta mistura ser com óleos de fontes
completamente distintas, como o óleo de canola ou óleo de colza. Ou
também pode ser misturado com um azeite refinado ou de qualidade
inferior, confundindo até mesmo alguns degustadores especialistas.
Ontem saiu uma publicação sobre os testes feitos em 19 marcas de azeite de oliva, das quais 4 tinham indícios de fraude,
pois diziam em seus rótulos serem "extra virgens", enquanto não
passavam de uma mistura de óleos refinados com adição de outros óleos e
gorduras. Ou seja, pagamos o preço de um extra-virgem, e levamos um
refinado...aff!!!
Se quiser ver mais detalhes da notícia, e a lista das marcas reprovadas clique aqui.Como o azeite é extraído das azeitonas?
Existem duas maneiras principais de extração do óleo de oliva, e uma terceira que é na verdade, é um segundo processo dos outros dois métodos.
O método tradicional é a extração por pressão, em que a fruta é colocada numa prensa, e por força mecânica, o óleo é extraído. É a melhor maneira de fazer com que se mantenha as melhores características do óleo, mas devido à sua complexidade e por ser de baixo rendimento, é raramente usado, embora algumas regiões ainda utilizem este método.
O segundo método é por centrifugação, que também utiliza a forma mecânica, onde as azeitonas são moídas por centrifugação, para separar os diferentes elementos, devido às suas diferentes densidades. É mais conveniente para obter uma azeitona industrial de alta qualidade e, portanto, um método amplamente utilizado.
O terceiro método, é por utilização de solventes, onde utiliza-se-se um óleo de qualidade inferior, daqueles que sobraram dos outros métodos, ou o óleo do bagaço de azeitona, que são óleos que permanecem na polpa após a remoção mecânica. Estes óleos não podem ser consumidos por causa do seu gosto ruim e alta acidez, e precisam de um processamento químico para torná-los aptos para o consumo, porém com qualidade inferior.
O azeite virgem e extra-virgem são obtidos pelos dois primeiros métodos de extração mecânicas, e portanto, não são refinados.
Os azeites podem ser classificados como:
Extra-virgem:
É o óleo não refinado, derivado da primeira prensagem das azeitonas e tem o sabor mais delicado. É de mais alta qualidade, e nunca deve exceder 0,8 º de acidez. Sua nota de degustação deve ser qualificada em 6.5 ou mais.
Virgem:
O azeite virgem é também derivado da primeira prensagem das azeitonas, mas possui um nível de acidez maior que o extra virgem (até 2,0%), e possui níveis mais baixos de fitonutrientes, além de um sabor menos delicado. Mas mesmo assim, o virgem não deixa de ser considerado saudável.Sua nota de degustação deve ser qualificada em pelo menos 5,5.
Quimicamente, a diferença entre o azeite extra virgem e azeite virgem é a acidez total; ou seja, quanto maior a acidez, mais danos sofreu o óleo.
De acordo com os padrões adotados pelo Conselho Oleícola Internacional, o azeite"virgem" pode conter até 2% de acidez livre (expresso em ácido oleico), enquanto o azeite"extra-virgem" pode conter até 0,8% de acidez livre.
Azeite refinado:
Os azeites virgens que possuem acidez alta e pequenas imperfeições (defeitos) no gosto, são destinados para refino.
Eles são enviados para uma refinaria para serem submetidos a um
processo químico, que remove esses defeitos, mas que também acaba
removendo as suas qualidades. Uma vez refinado, ele pode ser misturado
com alguma porcentagem de azeite virgem para garantir "algum" aroma e
sabor.
Portanto, este óleo é uma mistura de azeite refinado (máximo 90%) e
azeite de oliva virgem ou extra-virgem. É de pior qualidade, e seu gosto
é completamente diferente.
OBS: Nos supermercados ainda encontra-se o "óleo de oliva", que é a mistura do azeite refinado, com óleo de soja.
Os azeites que podem ser considerados de melhor qualidade, são originados unicamente por processos mecânicos ou outros, em condições que não causem deterioração térmica do óleo, e que não tenham sofrido outros tratamentos além da lavagem, decantação, centrifugação e filtração.
Concluindo... se você tinha dúvidas entre usar um azeite extra-virgem ou virgem, agora sabe que a diferença entre eles é pouca, e ambos são saudáveis para o uso culinário e/ou estético.
Agora, a pergunta que não quer calar: E o refinado, serve pra quê?
Talvez sirva para as indústrias terem um lucrinho a mais, com um "bagaço" que na verdade, deveria ser inutilizado...
fonte: Clube do cabelo e cia.
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