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A questão do nióbio:
Campanha em prol do Nióbio
o nióbio e todos os outros metais raros
produzidos pelo Brasil se explorados,
comercializados e taxados corretamente
gerariam recursos mais do que suficientes.
Por
Ronaldo
Schlichting*
De Curitiba
para
Via Fanzine
A produção de nióbio está em nossas mãos?
Prezados compatriotas
Com o patriótico objetivo de ajudar a Presidência da
República resolver a gravíssima situação fiscal/orçamentária/financeira do
Estado e que compromete perigosamente a sua estabilidade social e a sua
segurança interna e externa, pedimos um mísero Real a cada cidadão
brasileiro para financiar uma campanha cívica a fim de demonstrar ao
Congresso Nacional que ao invés de se criar uma nova CPMF e mais impostos
como quer agora o Ministério da Fazenda, o nióbio e todos os outros metais
raros produzidos pelo Brasil se explorados, comercializados e taxados
corretamente gerariam recursos mais do que suficientes para financiar e
sustentar:
1) A Saúde.
2) A Previdência Social.
3) A compra dos caças.
4) O projeto do submarino nuclear.
5) O reequipamento do Exercito Brasileiro.
6) O Programa Espacial Próprio Brasileiro.
7) A Educação.
8) A infraestrutura.
9) E tudo o mais que fosse necessário.
10) Com a redução dos impostos e taxas de juros.
Como?
Enviando à direção dos principais jornais do país a quantia
de R$ 1,00 para que os mesmos se dignem a colocar o tema "NIÓBIO PARA O BEM
DO BRASIL" nas primeiras páginas de seus periódicos, pois, só assim os Srs.
Parlamentares criariam coragem para redigir e votar a "LEI DO NIÓBIO E
METAIS RAROS" que regulamentaria a exploração, fiscalização,
comercialização, preços, impostos e a segurança das reservas estratégicas
brasileiras.
O preço do nióbio, quem
controla?
A transnacional De Beers Ltd, "inglesa", maior produtora de
diamantes do mundo, é de propriedade da Anglo American (45%), da família
Oppenheimer (40%) e do "governo" de Botsuana (15%).
Ela controla, com Mão de Ferro, a produção, a distribuição
e a venda no atacado de quase todo diamante produzido no mundo. Canadá,
África do Sul, Namíbia, etc.
No Brasil, De Beers Diamantes Ind do Brasil Ltda -
Cerqueira César.
Na verdade o diamante não é tão raro como se faz pensar,
mas para manter seu preço artificialmente elevado, isto é, mais do que
realmente ele vale, é vendido em lotes muito bem calculados, em quantidade e
qualidade, para um exclusivíssimo grupo de eleitos.
O diamante só ganha valor depois que chega a Londres e
depois a Antuérpia, Israel, Nova Iorque, etc.
O diamante natural para joalheria é um bem supérfluo, não
tem valor intrínseco, ao contrário do nióbio que o tem, entretanto, mesmo em
função da sua raridade e valor não recebe o mesmo tratamento dado ao
diamante pela De Beers Ltd por parte do governo brasileiro, que se não fosse
corrupto lideraria sozinho a OPEN - Organização dos Produtores e
Exportadores de Nióbio, organização proposta pelo Almirante Roberto Gama e
Silva.
Por que?
Para Bellum
A maior aplicação do
nióbio esta no por vir
A maior aplicação do nióbio esta no por vir, por isso, urge
a transferência da maior quantidade possível do metal, a preço de esterco,
para o exterior.
O jornal Folha de S.Paulo de 28/06/05, publicou: “Delegação
da Comissão Européia pode visitar o Brasil em breve para estudar
alternativas de inclusão no projeto (ITER). O Brasil pode se envolver com o
Projeto ITER - Reator Experimental Termonuclear Internacional. A
participação brasileira seria graças à reserva de nióbio localizada em Minas
Gerais... A maior do mundo ...”.
O metal, um poderoso condutor, será usado para construir
molas (bobinas) gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo
de fusão nuclear dentro do reator...?
Com este magnífico feito, o homem passará a dominar também
o fogo termonuclear, aquele que ocorre no interior das estrelas pela fusão
de átomos de hidrogênio a uma temperatura de 15 milhões de graus
centígrados, gerando hélio e uma brutal quantidade de energia limpa, barata
e inesgotável. Pois, o trítio isótopo pesado do hidrogênio usado como
combustível é abundante na face da Terra, na forma de água pesada.
Assim, as usinas termonucleares limpas e muito mais seguras
que as nucleares, geradoras de energia farta e barata, se multiplicarão sem
restrições pelo planeta exigindo milhares de toneladas de nióbio puro para
manter o fogo solar aceso.
Por isso, a partir de agora os Ministérios da Fazenda, de
Minas e Energia, da Indústria e Comércio e a Polícia Federal terão, por
dever de oficio, que cuidar das nossa reservas de nióbio a ferro e fogo
porque o preço do metal, num futuro próximo, deverá ir ao espaço na bolsa de
metais de Londres.
- Foto: Megaminas.com.
* * *
A questão do nióbio:
Diga não à doutrina da subjugação nacional
O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas
gerações de seus
cidadãos escravizados pela abominável doutrina da subjugação
nacional.
Por
Ronaldo
Schlichting*
De Curitiba
para
Via Fanzine
Avro Arrow, como seria o supersônico em vôo
ARROW, ASCENSÃO E QUEDA - Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou
privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral,
agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que
desponta e se torna importante, é imediatamente destruída ou passa por um
inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus “testas
de ferro” locais.
Salvo raríssimas exceções, tanto no Império
quanto na República, todos os homens e mulheres das elites que serviram ou
servem aos poderes constituídos trabalharam e vêm trabalhando,
conscientemente ou não, para que esta doutrina se mantenha e se fortaleça.
Ao longo do tempo foi disseminada e implementada
também, através do uso de “inocentes” organizações, como as ONGS, fundações,
igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos, fóruns, centros de estudo
e outras arapucas.
Para se poder entender o alcance ilimitado e a
potência do poder do braço dessa doutrina, vamos nos reportar ao século
passado, mais precisamente até a segunda metade dos anos 50.
A AVRO, fabricante do famoso bombardeio
Lancaster, usado durante a II Guerra Mundial, era uma próspera indústria
aeronáutica estatal canadense, assim como a Embraer.
Em 1955, com o recrudescimento da “guerra fria”,
o governo canadense encomendou à AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto,
desenvolvimento e a construção de um caça a jato, totalmente nacional, capaz
de interceptar e destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos “que
tentassem um ataque contra o Canadá ou aos EUA” via seu território.
Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um
jato 30 anos avançado no tempo, fruto do gênio e do patriotismo dos
canadenses. Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas,
todos nacionais. Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by
wire e com velocidade superior a mach 2, isto é, duas vezes superior à
velocidade do som, aproximadamente 2400 km por hora.
Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível
mão da Doutrina esmagou a soberania do país com toda a sua força.
Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do
projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os
protótipos, motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a
demissão de milhares de engenheiros, técnicos e operários para que o botim
fosse repartido entre a França, a Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou
com a parte do leão.
Assim, a nova tecnologia adquirida com o
desenvolvimento do Arrow foi totalmente rapinada e aplicada, de graça, pelos
franceses e ingleses na fabricação do primeiro avião supersônico de
passageiros, o concorde.
Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a
economia, para o desenvolvimento e para o destino do povo canadense.
Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível
sem a utilização de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, o
nióbio: o mais leve dos metais refratários.
Avro
Arrow em desmonte, após o fim do projeto.
NIÓBIO -
Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles
Hatchett — na época o denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico
alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um novo elemento ao
separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe,
filha do mitológico rei Tântalo.
Na década de 1950, com o início da corrida
espacial, aumentou muito a procura pelo nióbio. Ligas de nióbio foram
desenvolvidas para utilização na indústria espacial, nuclear, aeronáutica e
siderúrgica.
A aplicação mais importante do nióbio é como
elemento de liga para conferir melhoria de propriedades em produtos de aço,
especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga, além de superligas
que operam a altas temperaturas em turbinas das aeronaves a jato.
O nióbio também é utilizado na produção do aço
inoxidável e de ligas supercondutoras usadas na fabricação de magnetos para
tomógrafos de ressonância magnética. Encontra aplicação, da mesma forma, em
cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria naval e, na
ferroviária para a fabricação dos “trens bala”.
Dezenas de superligas estão em uso nos mais
diversos meios abrasivos ou operando em altas temperaturas. Essas ligas são
a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais quanto militares.
Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em
dia contém cerca de, no mínimo, 300 quilogramas de nióbio de alta pureza. A
maior parte desse precioso metal é proveniente da mina da CBMM, em Araxá,
Minas Gerais.
Talvez, por isso, o jornal Folha de S.Paulo,
no dia 05 de novembro de 2002, tenha noticiado: “Lula passou o final de
semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional
Molycorp...”.
A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de
Minas Gerais e é a maior exploradora do metal do mundo. O caso é antigo. Por
meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do Instituto Cidadania,
presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive, o Fome Zero, que
integra o programa de governo do presidente eleito.
A matéria evidencia uma aliança anterior às
eleições presidenciais entre um político, supostamente de “esquerda”, e uma
multinacional. O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de
nióbio e o mundo consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério,
totalmente retiradas do Brasil.
O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo
a 400 reais o quilograma, portanto, sem contar a necessidade de formação de
reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço
em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá, Minas Gerais e
Catalão, em Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, seis bilhões e 580
milhões de dólares, a mais, em nossas exportações anuais.
“Eu não sabia”... O preço do metal
refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a 90
dólares o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único
fornecedor mundial. Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E
por que não o faz?
Mineração de nióbio a céu
aberto em Araxá-MG, vem descaracterizando
de forma indiscriminada a
periferia da cidade.
FALTA POLÍTICA -
Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma,
é hoje o mesmo que petróleo a menos de um dólar o barril. No caso do
petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os interesses dos
consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma “questão de
Estado”.
O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente,
quem estabelece o preço de venda do produto são os seus compradores. Por
quê? Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio
“exportado” seria suficiente para erradicar a subnutrição da população
explorada e empobrecida e livrar o Brasil da desfavorável condição de
devedor, além de financiar o seu desenvolvimento.
Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100%
dependentes das reservas brasileiras de nióbio, metal que é tão essencial
como o petróleo, só que muito mais raro. Como já demonstramos, sem nióbio
não existiria a indústria aeroespacial, de armamentos, de instrumental
cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os aviões a jato não
decolariam.
Ora, se por petróleo as potências vão à guerra,
imagine-se o que não fariam eles para garantir o nióbio grátis que retiram
do Brasil, com a conivência de governantes, cujas campanhas políticas e
projetos são previamente financiados, como muito bem estão a nos provar as
CPI's em andamento no Congresso Nacional.
O “tratamento VIP”, segundo a Folha de
S.Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em Araxá, bem como o financiamento de
seus “projetos” pessoais, são no mínimo suspeitos e merecem uma investigação
urgente e criteriosa por parte do Ministério Público Federal.
Porém, quem voltou ao assunto no dia 06 de julho
de 2005, foi o jornal O Estado de São Paulo: “Brasília - O
empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI dos Correios ... ‘É mentira
a afirmação de que eu discuti cargos', insistiu. (...) Ele (Marcos Valério)
confirmou ter agendado um encontro do banco Rural com o ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu. ‘Não foi um encontro comercial nem financeiro. O banco
Rural foi informar ao ministro José Dirceu que pretendia explorar uma mina
de nióbio no Amazonas',disse. ...”.
No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da coluna
do jornalista Cláudio Humberto voltar a carga: “Nióbio é a caixa-preta na
CPI — Especialista na comercialização de metais não-ferrosos alerta que a
CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério disse ‘levei o pessoal do
BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio' — minério usado em foguetes,
armas, instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do nióbio consumido no
mundo é brasileiro, mas oficialmente exportamos só 40%. Suspeita de décadas
de subfaturamento, com prejuízo anual de bilhões de dólares. Fonte milagrosa
— a CBMM, do grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, exporta 95%
do metal retirado em Minas. Em 2002, Lula se hospedou na casa do diretor da
CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá, terra de Dona Beija.”
Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que
durante o programa Roda Viva, levado ao ar, em rede nacional ao vivo,
pela TV Cultura, no dia 24 de outubro de 2005, confirmou ter tratado
“a questão do nióbio” com banqueiros mineiros... Ato falho ou um recado para
o presidente?
Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a
comentarista econômica da Rede Globo e da rádio CBN, Miryan
Leitão, em sua “análise” matinal para as duas emissoras, fazia o tipo da
mulher desinformada sobre as constantes noticias da contínua valorização do
real frente ao dólar, não sabendo explicar o paradoxo da manutenção do ritmo
das nossas exportações mesmo com a moeda nacional super valorizada. Dizia
que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a entender
que a política econômica do “governo” estaria no rumo certo, etc.
No cassino das finanças internacionais o jogo da
moda é chamado de mico preto, cujo perdedor será aquele que ao fim do
carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar. A vítima, aqui no
Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da burrice do seu
jogador, o ministro da Fazenda.
O mico preto, também conhecido como papel
pintado, moeda sem lastro, dinheiro falso, massa podre, etc., emitida, sem
lastro e sem limites, por 12 bancos particulares “norte-americanos” — de que
as grandes economias do mundo como a chinesa, a japonesa, a coreana,
inglesa, são possuidoras de gigantescas somas desse “dinheiro”, tanto na
forma de reservas líquidas como em títulos do tesouro norte-americano —,
estando, portanto, com a carta fatal nas mãos.
Uma corrida intempestiva em direção à conversão
dessa “moeda” em euros, por exemplo, ou à venda antecipada desses títulos
precipitaria rapidamente o fim do jogo, não dando tempo suficiente para se
passar adiante o “mico” para os outros players.
Então, sem chamar a atenção, se valendo do
artifício da compra de matérias primas, insumos básicos, etc, usando o
“papel pintado”, estão, inteligentemente, transformando esterco em ouro. Por
isso, no momento, pouco importa o valor relativo do dólar frente ao real
porque, mesmo assim, eles vão continuar importando tudo o que puderem.
Perante o apresentado não restam dúvidas,
podemos afirmar que o Brasil está pagando para ter todo o seu nióbio roubado
e que os nossos últimos “governantes”, para não perderem os seus assentos em
Davos, Washington, Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã e... Vão
continuar fiéis discípulos e feitores da pavorosa doutrina da subjugação
nacional.
*
Ronaldo
Schlichting
é administrador de empresas, membro da Liga de Defesa Nacional e consultor
em assuntos aeroespaciais para
Via
Fanzine
e
UFOVIA.
- Fotos:
Arquivo do autor/Arquivo Via
Fanzine.
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