terça-feira, 26 de junho de 2012

"Depressão"? o Mal do século, o que diz os Médicos

Esta é uma matéria super interessante que foi publicada no iSaúde Bahia, ela trata de um assunto muito importante para toda a população mundial. Ela trata da depressão, que segundo vários especialistas é o mal do século e atinge muito mais da população mundial.
Veja como reconhecer os principais sintomas da depressão, o que fazer ao percebe-los na sua vida ou de uma pessoa próxima e saiba se tem cura para o problema, lendo a entrevista com a Dra. Martha Moreira Cavalcante Castro reproduzida aqui.
Depressão:
 quando a tristeza vira doença
“Considerada, por muitos, um dos males do novo século, a depressão está longe de ser uma doença rara. Alimentar-se bem, praticar exercícios e investir em boas relações pessoais pode ser o caminho para evitá-la. Confira entrevista com a psicóloga, doutora em Medicina e Saúde Humana e mestre em Neurociências, Martha Moreira Cavalcante Castro.
iSB - O que entendemos hoje como depressão? Existem vários tipos?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Depressão enquanto doença (Episódio Depressivo Maior- DSM-IV TR) é definida como sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjoos. Contudo, para se fazer o diagnóstico, é necessário um grupo de sintomas centrais como a perda de energia ou interesse; humor deprimido ; dificuldade de concentração; alterações do apetite e do sono; lentificação das atividades físicas e mentais; sentimento de pesar ou fracasso.
iSB - Quais os tratamentos mais indicados?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Medicamentoso e Psicoterapias
iSB – Como diferenciamos o “estar deprimido” de “estar com depressão”?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - O “estar deprimido” está associado frequentemente ao aparecimento de sintomas depressivos (comum como reação normal do organismo diante de algum evento, perdas, adoecimentos etc.) e o “estar com depressão” associa-se em geral ao adoecimento.
iSB -  Como amigos e familiares podem identificar um quadro de depressão? O que eles devem fazer (com a pessoa) quando esse quadro é identificado?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando, durante alguns dias, o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos.
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia, quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e, pelo contrário, movimenta-se mais lentamente que o habitual.
Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família.  Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido. É fundamental que procure um profissional da área da saúde mental e peça um diagnóstico pois, quanto mais cedo a descoberta da doença melhor o fluxo e resposta ao tratamento.
iSB -  É possível uma pessoa controlar a depressão sem terapia ou medicamentos?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Se forem sintomas depressivos, sim, se for doença, não.
iSB – Essa doença tem cura?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 – Sim
iSB – Existe como preveni-la?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Sim, cuidando da alimentação de forma saudável, praticando exercícios físicos, melhorando a qualidade de vida, do sono, com relações positivas no trabalho e na vida afetiva e, principalmente, ficando atento ao aparecimento de pequenos sintomas.
iBS -  O que pode acontecer ao paciente, caso a depressão não seja tratada?
Martha Moreira Cavalcante Castro
 - Tornar-se crônica e haver piora progressiva dos sintomas (inclusive com risco de suicídio).
Martha Moreira Cavalcante Castro
Doutora em Medicina e Saúde pela UFBA (2009). Mestrado em NEUROCIENCIAS pela UFBA (2002). Especialista em Clínica de Dor pela Unifacs (1999) e em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo NTBA (2007). Possui graduação em PSICOLOGIA pela Universidade Federal da Bahia (1992). Professora da graduação e pós-graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, desde 2003, e professora concursada, desde agosto de 2010, da Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora e fundadora do Centro de Dor da Universidade Federal da Bahia (desde 1996) e proprietária da Clínica HOSPSI – Psicologia Clínica e Hospitalar, desde 2002.

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